sábado, 31 de julho de 2010
Pêndulo
Eu estou correndo em sonhos
Enquanto minha camisola cor de pêssego escorrega.
Há abertura entre seios cheios de carne
E lençóis invisíveis que me protegem.
E nada chega perto de um sentimento familiar
Que em outrora cortou a respiração
Em plena planície de frescor.
Não esquecido, nem aquecido
É aquele que permanece
Em passado,
Juntado aos pensamentos dos sonos.
Só na manhã
Em plena janela que avista prédios cinzas,
Acordo.
Enquanto lembro mais a voz
Que pendeu meu sombreamento.
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amor apenas exala,
carência filha da %$#*¬
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Cega
As palmas e os sons enlouquecendo,
O ritmo que persegue meu rabo de saia
num giro de pomba arrepia os pelos.
E meus seios já intumescidos não te reconhecem na vala.
Tua boca, toda
Me voltas e me tragas como um último sopro de vida.
Deixa meus passos errantes,
Iguais ao meu rubor que intimidou-se de seu olhar.
Na dança das batidas eu mais caio,
e já cega das luzes...
minha frente só sente e chora mais a alegria
de uma esperança de te ver cantar.
Mover as pernas e braços
Em todas as direções, sem enxergar-te
Tua voz é suficiente para embalar e sentir-te.
Eis que já decorei tua pessoa,
Feito a recordação que me fincas desde sempre
No vento.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Mentiras
A muito mergulhei em pranto
Tanto.
Por hora, Cansei as lástimas
e o invento de verdades.
Nunca me vitimei,
Só sonhei a invenção de paz.
Meu pai crucifiquei...
Dor pesante a menos.
Não é má quem eles querem
Nem há voz que os superem.
O meu único pertence
É a leveza da consciência.
Bravo! Meus ideais!
Viva a justiça dos puros.
Eu encontro tanto amor
Que a distorção não me afeta mais.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
crua
A noite me protegeu nos braços dele.
Eu e ele banhados pela leve luz enevoada da lua,
tão suave e líquida, purificando nossas almas
para serem perdoadas no último segundo.
Somos filhos dessa noite
que esconde a sujeira das ruas,
as marcas de meu corpo e nossas caras de gozo.
Todo o descontrole e destreza nos nossos dedos
encobertos por um segredo noturno que diverte os amantes.
Pico
O que é verdade ou não
ele não percebe.
Fica por fora falando o que não deve,
falou por intuição.
Ele não é mais daqui
e eu fugi de mim.
Procurei nos cantos escusos corpo novo
lembrando ele pegando fogo.
Com a incompatibilidade de nossas brigas
atravanquei os dias dele.
Ele me feriu sem ter saída...
não foi culpa, foi brincadeira da mente.
No rebanho de estrelas
em que me congelo
nao há cadente que me conceda
um alívio para o meu ego.
A nossa finalização
será uma grande dramatização:
No pico de uma montanha
estamos de costa um para o outro
lá se dá nossa última barganha
então nos jogamos sem lembrar mais de algum rosto.
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