domingo, 27 de maio de 2007

Vozes na cabeça



Cá estou sentada e sozinha filosofando sobre um pouco da vida.

Nada de mais, nada a mais...

Simples, puro e exato.


No entanto...

Talvez eu devesse obter a surdez, pois estou tentando me concentrar, mas as vozes humanas não me deixam pensar.

Se ao menos a voz que eu queria estivesse enrustida entre as outras!

Porém aquele instrumento humano de certa pessoa que mais desejei

não chegou ao meu conhecimento.


Queria saber qual é o som dessa pessoa.

Espero.. um dia descobrir sua vibração e a sua frequência.

Cá estou sentada e sozinha imaginando.


Nem sempre é necessário imagens ou frases.

Quero seu timbre, sua voz, seu gemido e gritos.

Descobrir como se sussurra...


Lá se foi a minha filosofia de buteco por água abaixo!

Não adianta.. isso não combina com a última das românticas!

Esqueço-me de filosofar e penso apenas em amar

ou lembrar do amado abandonado.


Cá estou sentada e sozinha

pensando em certa companhia...

Que triste estarmos tão solitários.

Eu em um canto, o amado em outro..

Esperando as vozes mútuas em um novo encontro.


quinta-feira, 24 de maio de 2007

E a música?


Sei que meus textos são subjetivistas e sentimentalistas por demais.
Não queria parecer uma romancista... Mas já reparastes que música funciona como hormônios que elevam e destroçam nossas emoções?


Neste momento estou pensando 'algum dia irei dançar na lua'... e é tudo culpa de uma música que me faz chorar, rir e querer amar mais do que os meus músculos poderiam suportar!
O grande azar de minha vida foi me apaixonar por músicas lentas e suaves que teimam em me tentar. Não importo em ser clichê, mas estou sentindo vontades.. de amar!


O pior é que estou em abstinência.
Sabe alcóolatras?
Eles desejam sentir o amargo descer através de suas gargantas..
MAS!
Ao sentir o aroma ardente em suas narinas... chegam a pensar que um orgasmo múltiplo está à caminho!

Pura ilusão!

Este momento 'Eu e a música' funciona da mesma forma com a minha pessoa. Ele serve para atiçar a vontade de querer braços entorno de meus ombros e corpo!
Do que adianta imaginar beijos e abraços ao invés de vive-los com uma trilha sonora de fundo (trabalhando como hormônios)?
Preciso afastar-me de sonoridades aguçantes!
Viver de imaginação não enche barriga! Apenas alimenta sonhos impuros numa noite embaixo dos cobertores!
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Someday we'll know
If love can move a mountain
Someday we'll know
Why the sky is blue
Someday we'll know
Why I wasn´t meant for you

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Ela é do pau oco






Achamos coisas engraçadas nos velhos cadernos de ensino médio:



Sabe, eu não sou santinha não!!
Não tenho castidades e talvez nem tenha uma religião.
Mas não sou uma sem eira nem beira,
como a minha velha vizinha dizia.
Sou aquela que faz e acontece
Aquela que com poucos toques te enlouquece.

Será que me faço de boba?
Acredite que sou apenas uma indefesa jovem,
Quase uma criança!
Fui levada e sonhadora durante toda a infância.
Não quero o certinho.
Nem o limpinho.
Acho que quero que você me agarre naquele cantinho,
bem no escurinho e que faça bastante carinho.
Mas que não seja nenhum santinho.

Deguste na minha boca e prove meus diferentes sabores.
Posso ser muito doce
Ou azeda como um limão...
tudo vai depender do meu coração e da minha solidão.
Mas sabe..
Eu prefiro ser salgada,
Bem salgadinha...
Para você sentir mais a sua e a minha saliva.
Já pensou que delícia?

Gosto de fazer os outros sentirem sede.
E de espremer o outro contra a parede.
E eu nunca fui usada por um homem.
Na verdade fui eu, Eu que usei e abusei...
de todos da minha lista.
Nunca fui nem serei uma vadia!
Mas como meu velho João Caldeirão dizia:
“Sem um pouco de pornografia, até a poesia se estressaria!!”
Sem monotonia, apenas quero viver a minha vida.
Me deixe em paz e não me reprima.


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quinta-feira, 17 de maio de 2007

início

É bom ter um espaço para escrever e depois de algum tempo ver a nossa evolução de espírito.
Como um arquivo de poemas já feitos, ou desabafos do fundo do peito.
Remexendo páginas da internet encontrei risadas, armaguras, ódio, amor e ilusões.



Saudades.







Primeiramente colocarei alguns escritos antigos. É uma espécie de nostalgia boa que traz de volta lembranças de algo que um dia já me aqueceu.



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Meu pequeno frasco



Bebi um gole de veneno.
Fechei os olhos e comecei a ter alucinações.
Fui deixando tudo pra trás.
Tive delírios, meu corpo não me pertencia mais.
Fui tomada por algo mais forte do que eu.
Incontrolável.
Então eu voltei.
E quis mais.
Bebi mais um gole de veneno.
A sensação foi como uma pancada contra a cabeça.
Perdi todo o ar, não conseguia respirar.
Estava a ponto de me perder para sempre...
Então eu voltei de novo!
E descobri, que infelizmente eu tinha me viciado no veneno.
Que a princípio tinha o gosto doce, saboroso!
Olhei para o frasco do veneno, que parecia me chamar.
Eu tinha que terminar com esse desejo impulsivo.
Resolvi ir até o fim.

Bebi todo o veneno.

Quase desmaiei.
Senti um desejo diferente em cada veia do corpo.
O frio e o calor estavam se misturando.
A visão estava embaçando, tentei enxergar novamente e olhei para o frasco do me veneno doce. Sou uma viciada!
Devo então entrar para os NarcóticosAnônimos???
Não, vou entrar para outro N. A.

Vou entrar para os Namorados Anônimos.

(01/12/05)