Eu sumi pra sempre
neste vasto mundo.
Tô num barco de papel
no meio do oceano azul profundo.
Tô fugida daqui e dali,
envergonhada.
Por que depois de muito entendi
que eu parecia uma piada.
Eu tô bem sumida
Pra não topar com peixes traiçoeiros
Mas a minha mãe ainda quer que eu invista
numa vingança no velho estilo espreiteiro.
De momento
fico no barco ao vento...
quieta e remando enquanto canto
Aqui ninguém tem o direito de falar
e xingar o meu desafino.
Já que deixei tudo para trás
eu devia considerar-me um ser mais digno.
É, eu tô numa maré que vai e volta.
Logo ouço de novo
a voz da minha mãe que solta:
"Sabia que voltavas pra discutir o que eu tinha proposto."