A princípio saíram apenas palavras tolas.
Bobas e saltitantes, conversa de criança solta.
Experiência pouca, quase nula... unida à ingenuidade que colore qualquer mundo a volta.
Tenho por mim que era mentira a vontade de dizer que era feliz.
Não tinha culpa, era apenas ignorância e precocidade involuntária.
Aquela época de criança.
Foi tudo tão simples em algum dia.
Simples como querer comer doces até explodir e depois atirar-se na piscina.
Mas mamãe sempre sensata, deixava-nos sentados como de castigo por 2 horas olhando para a água gelada.
Alguns tantos de hoje em dia, de ontem e de sempre gostam de complicar.
No sentido de confundir e parecer superior em alguma coisa.
Falar bonito(ou apenas complicado) confunde o próximo e causa covardia.
Talvez essa vontade de não inibir alguém, faça-me ser o mais direta possível.
Evolução: Simples de fato, necessária e automática.
Nem que seje para um meio mais excluso e sujo.
Não opto por alguma evolução, mesmo sabendo de sua existência.
Os observadores é que escolhem se é cara ou coroa.
Não quero ser uma parnasiana da vida...
Que se preocupa com rima, forma e simetria.
Versos livres e em brancos, pitados de um pouco de compaixão e humildade.
Rendendo-se ao leitor, aqui estou eu e minhas cantigas
assumindo fraquezas
Banhando-se nuas em plena noite de lua cheia numa praia deserta.
Posso desmanchar-me feito açúcar em água salgada do mar
desaparecer para sempre sem vestígios.
Mas ah... Ao menos em algum segundo eu adociquei a vida de algum ser.