terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Açúcar em mar




A princípio saíram apenas palavras tolas.

Bobas e saltitantes, conversa de criança solta.

Experiência pouca, quase nula... unida à ingenuidade que colore qualquer mundo a volta.

Tenho por mim que era mentira a vontade de dizer que era feliz.

Não tinha culpa, era apenas ignorância e precocidade involuntária.

Aquela época de criança.



Foi tudo tão simples em algum dia.

Simples como querer comer doces até explodir e depois atirar-se na piscina.

Mas mamãe sempre sensata, deixava-nos sentados como de castigo por 2 horas olhando para a água gelada.



Alguns tantos de hoje em dia, de ontem e de sempre gostam de complicar.

No sentido de confundir e parecer superior em alguma coisa.

Falar bonito(ou apenas complicado) confunde o próximo e causa covardia.

Talvez essa vontade de não inibir alguém, faça-me ser o mais direta possível.



Evolução: Simples de fato, necessária e automática.

Nem que seje para um meio mais excluso e sujo.

Não opto por alguma evolução, mesmo sabendo de sua existência.

Os observadores é que escolhem se é cara ou coroa.



Não quero ser uma parnasiana da vida...

Que se preocupa com rima, forma e simetria.

Versos livres e em brancos, pitados de um pouco de compaixão e humildade.

Rendendo-se ao leitor, aqui estou eu e minhas cantigas

assumindo fraquezas

Banhando-se nuas em plena noite de lua cheia numa praia deserta.



Posso desmanchar-me feito açúcar em água salgada do mar

desaparecer para sempre sem vestígios.

Mas ah... Ao menos em algum segundo eu adociquei a vida de algum ser.