terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

eu.




Moça, adolescente, nem percebeu ter alcançado a maioridade.
Típica representante da classe média 'média'. Sempre querendo ter mais do que tem.
Preguiçosa, espreguiça-se.. estrala os dedos, o pescoço, os pés.. e algo mais.

O pai dela odeia isso.
Falando nele, sujeito meio grosso... se faz de cabra manso na frente de visitas e cala a sua filha em momentos mais intimistas.
Ela aprendeu a deixar(ou fingir que deixa) os mandamentos do pai de lado.

Ela não tem tpm e acha que num dia estando grávida, não terá desejos idiotas. Aliás, ela sempre tem medo de estar grávida, mesmo sem ter como.
Guria muito branca, do tipo que aparecem veias no corpo, até em volta de seus seios. Não é, nem nunca foi pequena e magrela(apesar de sua mãe ter dado biotônico fontoura na infância).
Diz que gosta de como seu corpo é. Mentira.
Acha sua bunda muito grande e com celulite demais para colocar um biquini... Então convenceu-se de que odeia praia para não precisar passar pelo encomodo de mostrar a bunda grande.
Também acha seus seios pequenos demais, separados demais...
Pretende colocar silicone e operar o nariz um dia.
Apesar dos defeitos de que muito reclama, o conjunto a agrada. Ouve muitos elogios sobre sua boca carnuda, os olhos esverdeados e as feições delicadas que inspiram meiguice(quando não está fazendo caras de ironia).

Deixando de lado a aparência, ela é do tipo que costuma agradar e não costuma criar inimizades.
Com exceção de uma desavença com uma vizinha que ela considera uma tremenda vadia dissimulada.
Voltando ao pacifismo, nota-se sua abertura quanto a estilos diversificados.

Ela escuta muita música. Desde a hora que acorda, toma banho, janta, ve televisão, até a hora de dormir. Ah, não esquecendo os momentos calientes a dois.
Nos ouvidos tornam-se presentes músicas francesas de poucas cantoras, músicas calmas de fossa, dançantes para exercitar-se dentro do quarto... e algumas outras para acompanha-la quando ela não souber quem é ou não souber o que fazer.
Ela também gosta de cantar, porém nunca mostrou como é sua voz realmente. Nunca.
Nem a melhor amiga.. justamente, afinal, esta sempre ria e mostrava desaprovação de qualquer tentativa. Quando ela desenhava, a melhor amiga achava defeitos e zerava as qualidades, nunca incentivando para o crescimento pessoal. Perdeu a coragem de cantar com dedicação e mostrar-se.

Anda lutando contra preconceitos. Principalmente os que encontram-se dentro de seu coração.
Já fez vários avanços. Parece marketing pessoal dela, mas ela defende muito aqueles que amam os do mesmo sexo. Amam, sentem prazer, tesão, atração, felicidade, tristezas, raivas. Eles sentem. É o que ela diz.
E diz que poderia relacionar-se com alguém do mesmo sexo... mas ela realmente gosta do bom e velho homem que ninguém entende.
Seu melhor amigo, ex-namorado e também conselheiro já tentou explicar algo desse mundo masculino mas como ele é gay, ela fica sempre na dúvida se ele entende realmente esse mundo.

Ela já beijou, 2 negros, um japonês, algum ruivo, alguns primos, 1 cara mais novo, 1 cara com 16 anos a mais que na real era tatuador da mãe dela e ela não sabia, alguns vários que ela não lembra o nome, alguns morenos e apenas 1 loiro que ela nem lembrava.
Ela anda beijando alguém que a deixa feliz e tem vontade de beijar alguém que nunca beijou.

Como não tem problemas para falar de sexo, muitos pedem conselhos, muitos a acham despudorada. Muitos a julgam injustamente. Ninguém percebe a romântica levemente abobada que ali habita. Que nunca recebeu flores e só se apaixonou uma vez.
Em assuntos do coração realmente é tão forte que nunca chorou por um amor e nem sofreu.
Ela pensa demais em amor de forma quase idiota. E sorri pensando nele.
Cada mesquinharia, detalhe e futilidade são fogos de artifícios no seu céu escuro e abandonado pelas estrelas.

Uma lágrima, um beijo, uma voz.
Belezas imperfeitas que a enrolam e hipinotizam.