terça-feira, 31 de agosto de 2010
I miss you.
Nas lágrimas do mundo, onde os dedos varrem pequenas e grandes tristezas,
foi-se o tempo em que a pureza branda reinava plena,
foi-se embora a confiança que se tinha.
Ninguém mais ouve os choros da criança, aquela mestra sonhadora preenchida de coragem.
Ah deus, como eu sinto minha falta.
Restaram os gritos abafados, enrolados à cama vazia.
Foi-se a cantiga aconchegante daquela infância borrada de lembranças.
Papai está num canto mudo, enquanto mamãe está tentando partir.
Eu só sorria entre os berreiros transformados em carícias.
Ah deus, como eu sinto a minha falta.
Eu corri caindo, eu corri tanto
Naveguei por todos os céus, e as suas cores indecifráveis
A rajada de fogo ferindo o peito de gelo, lá estava o desamor deles
Lá eu estava... em meio a fome e o desejo de ser feliz.
Era lá que eles estavam: cemitério de vida e construção.
Ninguém mais ouve, o quanto eu sinto a falta de vocês.
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