segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Presente não dado


Fiquei dando passos enquanto tinha relapsos,
entre balcões e prateleiras,
sem saber o que olhar.
Nem sabia o porquê daquele ambiente,
mas a tua lembrança estava no corredor de trás.

O fato de ter pensado em ti fez-me mulher:
Ser humano que retira-se da santa paz,
volta ao passado que não passou,
balanceia e permanece em pé!

Era presente de mim para ti...
Era como no meu sonho,
em que te entregava um singelo pacote
e entre risos e agradecimentos,
tu teimava em olhar meu decote.
Era o nosso tempo.

Eu sinto a falta disso,
apesar de não ter acontecido ainda.
Eu sinto a tua falta,
apesar de não ter te conhecido ainda.

Tudo que eu posso te adiantar
é que maçãs-verdes me fizeram escrever.
Catei 4 belos e formosos exemplares da fruta,
saí do mercadinho em direção de casa
cheirando... culpa das maçãs... culpa tua!

Esta sou eu querido...
Junto da maçã-verde que desfruto.
e talvez seja presunção nossa,
mas achamos que tu deseja ter nós duas em tua boca.
Talvez penses que sou louca,
mas esta acidez entre meus lábios
faz-me pensar em tantas coisas...