segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Arrepio


E num tempo quase vazio
em um espaço quase cheio.
Vagar.
Papéis ao redor,
tanta bagunça a examinar-me.

O tempo mudou de salto.
Efêmero.
Eu fiquei parado aqui,
eu continuei.

Era escaldante lá fora.
Minha distração não notou
a vasta água nova a cair
e a pele a tornar-se crespa.

Peguei o frio,
o cheiro de terra
e o som "tuc tuc tuc" repetitivo.

Pingos raiando.
Olhos fechados.
Mandíbula cerrada.
O que resta é o que eleva-me

Só leva.