terça-feira, 12 de agosto de 2008

A história de Sophia [1]


Minha mãe resolveu me dar esse nome, Sophia, por que achava bonito a filha estar associada com inteligência, sabedoria. Infelizmente eu não tenho orgulhado o sentido do nome e nem lembrado das mazelas da minha mãe.

Tive um dia inútil devido a uma tremenda dor de cabeça, palpitante desde ontem à noite. E o mais irritante foi que eu queria não ser tão inútil hoje... Ressaltando que eu preciso admitir que meus últimos dias permaneceram entre a cama e a televisão tão vergonhosamente. É essa coisa de férias e de dizer que não se tem o que fazer.

Pra culpa tentar desinflar um pouco, quando a minha mãe pôs os pés dentro de casa, fui direto em direção dela e dei um abraço... Dizendo: “- Tava com saudade de ti.” - Não é pra parecer boazinha nem nada, até por que eu não costumo ser assim, foi um impulso de alguém que se sente mal por algo que nem sabe direito o que é.

Lendo de novo o que eu escrevi até aqui, fico dividida se me acho fútil, metida ou se me chamo de coitada. Só que sinceramente eu sou só complicada e as vezes começo a filosofar de mais coisas que não importam... E a “Sophia” que é bom nada... Sempre gostei de escrever e tentar ser criativa. Parecer ao menos! Desde a época da escola sou assim, tentando parecer. É que eu era do tipo nerd de óculos com aquelas malditas cordinhas que mães colocam pro filho não perder o dito cujo. Ninguém queria ser meu amigo de fato por que eu era muito entediante aparentemente. Foi ai que eu comecei a tentar parecer, foi onde tudo começou, inclusive tudo que fosse óbvio.

A maioria das crianças são simples. Elas brincam e imaginam coisas que não existem, tem as certezas mais absolutas do mundo por que elas mesmas as inventaram. Eu era tímida e imaginativa também, com o diferencial de ter sempre dúvidas complexas. Eu não era como as outras e isso não me ajudou na chegada da adolescência também.

Minha mãe me acha problemática hoje; eu acho que fui libertada e que antes eu era alguém com problemas. Ah, não falei ainda do meu pai. Ele é bem amoroso, mas protetor demais pro meu gosto, e discorda em quase tudo o que eu penso. Ele não sabe disso por que eu sei disfarçar bem, porém meu limite parece que pode estourar de repente sem aviso prévio.

Minha melhor amiga lê quase tudo o que eu escrevo, inclusive esse texto enquanto ele está sendo feito... E ela ta me mandando parar de mentir e dizer logo o que ta chicoteando meus nervos.
Observação: Eu não menti, só não direcionei o texto pro ponto que eu quero... Ainda.