segunda-feira, 21 de maio de 2007

Ela é do pau oco






Achamos coisas engraçadas nos velhos cadernos de ensino médio:



Sabe, eu não sou santinha não!!
Não tenho castidades e talvez nem tenha uma religião.
Mas não sou uma sem eira nem beira,
como a minha velha vizinha dizia.
Sou aquela que faz e acontece
Aquela que com poucos toques te enlouquece.

Será que me faço de boba?
Acredite que sou apenas uma indefesa jovem,
Quase uma criança!
Fui levada e sonhadora durante toda a infância.
Não quero o certinho.
Nem o limpinho.
Acho que quero que você me agarre naquele cantinho,
bem no escurinho e que faça bastante carinho.
Mas que não seja nenhum santinho.

Deguste na minha boca e prove meus diferentes sabores.
Posso ser muito doce
Ou azeda como um limão...
tudo vai depender do meu coração e da minha solidão.
Mas sabe..
Eu prefiro ser salgada,
Bem salgadinha...
Para você sentir mais a sua e a minha saliva.
Já pensou que delícia?

Gosto de fazer os outros sentirem sede.
E de espremer o outro contra a parede.
E eu nunca fui usada por um homem.
Na verdade fui eu, Eu que usei e abusei...
de todos da minha lista.
Nunca fui nem serei uma vadia!
Mas como meu velho João Caldeirão dizia:
“Sem um pouco de pornografia, até a poesia se estressaria!!”
Sem monotonia, apenas quero viver a minha vida.
Me deixe em paz e não me reprima.


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