terça-feira, 5 de junho de 2007

É... eu admito.



Acordei no mesmo horário de sempre.
(redundância)
Levantei com a mesma preguiça de sempre.
(redundância)

Entretanto,
após tomar banho, escovar os dentes e cabelos, vestir-me e esquecer-me do frio...
Parei.
Motivo algum me atrapalhava, porém, ao ouvir dois garis discutindo na esquina de meu prédio e sentir grande frio na minha nuca com curtos cabelos molhados...
Parei.
Quis acolher-me entre edredons, junto aquele lençol elétrico que aquece os pés mais gelados do inverno.
Não fui.
Esqueces-te que eu ainda estava com cabelos molhados? Ainda por cima, ruivas de farmácia tendem a manchar fronhas frequentemente.

Então busquei algo para fazer e fingi não dar importância ao fato de estar fugindo de meus compromissos. O que me resta é escrever algo sem importância que ninguém irá ler.

Estava agora, lembrando-me de certa aula... onde filosofamos sobre o universo. Pense no deserto do Saara e um grão de areia de sua imensidão... podemos fazer essa comparação com os nosso sistema solar dentro da via Láctea. Agora imagine que a via Láctea não chega a ser um mínimo grão de areia dentro do universo, afinal, ele é infinito (?)!!
Realmente somos o nada!

Com tamanha insignificância de minha pessoa, resolvi parar.
Parar de lembrar de sentimentos e melodramas.
Praticamente não existo.
Chega a ser engraçada essa situação, será que alguém entraria em uma crise de existência ao pensar nas possibilidades do mundo?

Muita complexidade para o meu pequeno ser.

Comecei o texto entediada e agora mais estou, achei que palavras me trariam conforto, mas após permanecer sentada por demasiado tempo, os músculos adormeceram e o frio aumentou. Não adianta... Não há prosa que substitua o escritor e nem poesia que substitua o poeta. Calor humano é preciso.

Vou deitar... a fronha que se dane.