Os segundos passaram, para assim eu poder escrever. Nos segundos de vida mudei, cresci e me transformei.
Sou semente a verter nestas letras.
Escrever como eu sou, essa total falta de simetria. É a minha grande falta de rimas.
Meu desejo, sem contornos ou bordas delimitantes, que fazem barreiras com o desconhecido!
Isso me lembra...Outro dia desses...
Assisti tão bela dança!
Esta que é chamada de contemporânea.
Homens, mulheres.
Corpos a tocarem-se, a esbarrarem-se...
e a fugirem simultaneamente
de forma tão revoltante.
E são tão descordenados e belos.
Fiquei parada, olhando os corpos brancos e pálidos.
Brilhavam eles sobre a luz vermelha que batia em cada músculos e pele,
formando sombras rígidas.
Rigidez vinda das horas de bailar.
Toda essa lembrança contente, faz-me procurar jogos de palavras.
Quero que soe bonito,
que tu enxergues conflitos,
e que agora esqueça tudo o que foi dito.
Para pensar nas próximas palavras.
E pensar.