quinta-feira, 11 de outubro de 2007

cheiro


Após aquela tua imprevista perseguição à minha pessoa
tuas tantas táticas de convencimento
acabo sempre encontrando-me onde tu te encontras.
tonteando-me apenas por lembrar do cheiro do incenso.

Misturo velhas lembranças
com tuas velhas histórias
ainda sou tão criança
nesta não tão diferença simplória

Bebidas e bebidas,
doces licores...
Tentando tocar-me tantas vezes seguidas
falando de teus amores.
É algum desconforto que abre a ferida
provocando a não distinção dos sabores.

Não saber dizer não
no meio de todas estas tuas flechadas.
E eu quase te pedindo perdão...
Estou fingindo liberdade de fachada;
contudo a culpada é a falta de aptidão
que deixa-me assim.. tão fechada.

Agonizante agora..
é perceber teu cheiro em todos os lugares,
como água da chuva que do asfalto aflora.
É perceber meus sentidos em pleno embate!
Pequeno olfato tentado irradicar-se
e arremessar-se em alto mar sem resentimentos covardes.

Fujo de todos os cheiros
assim como faço com a maioria dos beijos.
No momento, prefiro a solidão e meu anseio
ao invés de possuir um corpo doando-se por inteiro.