domingo, 26 de agosto de 2007

E quem está a mexer nesta história toda afinal?




Faz quase 3 anos que ganhei um cd do 'Legião Urbana' e apenas meses atrás passei a ouvi-lo.

Existia a total falta de maturidade para entende-lo.
Eu era adolescente(tu provavelmente irás pensar que ainda sou), ouvia falar de nomes importantes e apenas devido a esse fato, passava a achar que realmente aqueles nomes eram importantes.

Cabeça pequena de adolescente.
Meses passados comecei a entender gradativamente o que é importante.
O que é importante para mim.
O resto não é.
Não para mim.
É o que agrada, revolta e comove.
Legião começou a transmitir esses três sentidos à minha vida.
Virou importante.
Mesmo que eu não saiba a sua total história, não tenha decorado suas músicas e não tenha tempo depositado para admiração da mesma banda; importa-me.

Ouvir aquele homem berrar aos quatro ventos, em frente a uma multidão de fãs impulsionados àquela vontade de fazer algo a mais, mesmo sem saber o que fazer com as próprias vidas.
Ele tentava dizer algo para aqueles que eram marginalizados por algum motivo da sociedade. Mal parecia saber o que dizia, sabendo completamente tudo do mundo. Ou nada.
"Eu gosto de meninos e meninas" acho que ele dizia... como quem sente o poder de ser o que é sem pensar nas consequências.
E ele pensava.


Não ouvia essa banda. Mas tinha a 'certeza' de que era excelente, afinal todos diziam que era!
Nem dei-me o trabalho de tentar descobrir por mim mesma, tinha medo de talvez ouvindo, tirar as próprias conclusões.
Vergonhosamente ou não era totalmente alienada! Hoje sou provavelmente metado do que era.
Vergonha?
Talvez.
Talvez.

Tinha o medo de passar a vida de juventude sem passar por revoltas e passeatas que nas gerações anteriores ocorreram e mudaram totalmente o meu presente, passado e futuro!
Como eu queria lutar!
Bem, não participei de passeatas e tumultos nas faculdades.
Infelizmente faço parte da também 'Geração coca-cola'...
Não fiz nada de tão importante ou revolucionário, enxergo isso e conformo-me. Cada pessoa tem um papel no planeta.
Para gostar-se de arte não é preciso saber desenhar.

Como em algum lugar ouvi: Há pessoas que mexem, umas que não mexem e outras que mexem nos outros.

Música não é um ser ou pessoa e mesmo assim mexe comigo.
Eu sou a pessoa mexida nessa história toda.
Não tenho mais vergonha.
Nem mais de desagradar e não fazer a maldita forma comportamental dentro dos costumes dos velhotes conservadores ou até do maior amalucado!


Foi ouvindo Quatro Estações que notei ter crescido e desapegado às importâncias de criança que não servem para enriquecimento da alma.
Sou totalmente como nas músicas! Distraída, impaciente e indecisa.. continuo confusa, mas estou tão tranquila e contente!
Não sou mais criança, a ponto de saber de tudo!
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Eu sei todas as verdades de mundo.
Como qualquer adolescente que adora dizer que já é adulto!