domingo, 9 de setembro de 2007

Impura


Até que ponto o ser humano consegue afugentar-se de tentações carnais?

Pecados leves e torbulentos não devem ser vistos como algo vindo do mal.
Descrevo os de pele, claro.
Para que serve a cobrança de manter-se em cativeiro e não usufruir do que nossos corpos são capazes, se eles foram feitos por intermédio do uso do prazer?

Tanta mediocridade dos castos que por baixo dos panos são depravados.
Como animais de estimação, tão treinados a fazer as mesmas brincadeiras de sempre e quase nunca com permissão de seguir seus instintos selvagens.
Assim tornaram-se os que voltam-se para mim.
Como boa casta que não sou, abandonei estes círculos ridicularizados por mim e estou a frequentar as ruas mais escuras deste portinho.

Sempre tive vontade de falar sobre este chamado enlaçamento entre duas ou mais pessoas(a seu gosto e preferência) pois sei que a minoria não o faz mas a maioria o aprecia às escondidas.
Santa promiscuidade que manifesta-se de forma exagerada para o grande público e é o peso que acompanha os conservadores na balança da hipocrisia humana.

Enquanto isso, tu só assistes esse falatório que tenta justificar a minha vontade de gritar e gemer sem vergonha de todo esse clímax.
Até penso em dizer-te:Vamos lá e tire tudo!
Você sabe de sexo, você ama sexo, você tem sexo, você quer sexo. De uma maneira ou outra, feliz ou infelizmente.
E não venha negar para o mais próximo que percebe os fatos desconfiado.

Essa sensação nem precisa ser devastadora com toques efusivos a estrassalhar os amantes. O simples ato de respirar e suspirar contra a pele do ser escolhido da noite já traz à tona a vontade de todos virarem apenas um, unidos da forma mais inconveniente se possível.
O fácil vai trazer o famoso 'tédio' em questão de instantes de desejo.
Então respire em mim.

Retirei as restrições e peço a todos que façam o mesmo e divirtam-se do jeito mais promissor.
Só digo que nada foi mais proveitoso do que os toques recebidos impuramente nesta existência tão curta que tive.