sexta-feira, 2 de maio de 2008

elas não entendem-se


Estou raivosa e tremiliquenta.
Quero encerrar o papo,
mas eu falo, eu ajo
e comando o ato.
Eu reclamo a tua ostenta.

Eu fico e fiquei
nervosa e raivosa por demais.
Dei uma de satanás
e de resposta como fuga, eu me icendiei.

Aos berros e choro escorrido
gesticulei por trás do espelho rompido,
maquinei frases
manipulei o inexistente finito.

Sempre espera-se a vida tradicional...
afinal, gostam de redomas.
Mas eu durmo da forma errada,
eu sou passional.

Ainda finjo que acredito
no meu eu sozinho depois.
Uma liberdade que ela sobriamente me impôs
com o gosto de todos, o mais insípido.

Eu dissimulo
não é?
e ela têm medo da fé
e de mim no mundo.

Eu fujo,
eu sumo.
Arrumo os trapos
e com o pé na rua
faço tudo.
Não volto.
Até viro puta.