domingo, 11 de maio de 2008

Liberta a voz


Chora a pedra
dureza se vai.
Leveza, enfim...

Racha a casca, a cara
o passáro me bica
irrita
estou bem, enfim.

Arrastada pela correnteza
água congela, a água
estou limpa, enfim.

Formigas atacam,
me mordem,
eu choro então.
E eu sinto novamente.

Pode ter sido uma chuva tremenda,
um raio na cabeça,
uma morte violenta.

Eu peguei o pobre poeta e o comi...
Fui egoísta, mas só assim eu poderia ressucitar.