Eu juro que estou tentando escrever. Digo, caiu um cisco em meu olho direito e juro que está a encomodar-me de uma forma praticamente intolerável.
É uma dor palpitante e aporrinhante, como suco de limão em um corte no dedo feito por uma fina folha de papel.
Juro que preferiria escrever sobre calores, amores e algo a mais com outros sabores.
Mas, ah que inferno, só penso nessa sensação de agulhas a perfuar minha pupila.
Logo neste dia, em que tudo parece estar certo, correto. E meus reflexos pediam movimetos dos dedos sobre o teclado de forma totalmente diferente! Pedi alegrias e simpatias, não esta irritação contínua!
Meu estado físico não está acompanhando o lado psicológico do órgão que se encontra na cavidade central de meu peito.
Estou a lembrar da primeira vez que coloquei meus pés na grama da fazenda de meu avô e a lembrar da ardência que senti ao pisar pela primeira vez em uma planta chamada urtiga!
Nunca mais a natureza pareceu-me a mesma.
Não estou fugindo do assunto 'olho-agulha-DOR-etc..'! Mas qualquer momento de encomodo transparecerá tão insignificante! Estou a fazer comparações caso não tenha notado!
Ainda tenho que retirar toda a espessa camada de maquiagem de minha pele nem tão perfeita(inclusive tudo aquilo que se encontra ao redor de meus olhos) . O problema é a coragem! Por favor não arda, por favor não arda!
Queria permanecer aqui escrevendo e dizer algo interessante e tocante. Porém, hoje é só. Preciso dormir e recuperar a visão que já não é lá essas coisas! Meus olhos serão bem tratados-morreria caso eu não mais os tivesse- belezas de mundo me intrigam de mais para serem jogadas ao vento/lixo.