segunda-feira, 16 de julho de 2007

Não na sombra


Ao lembrar do caminho de retorno à casa -meu lar- comecei a querer poetizar! Chego em casa, corro, pego o lápis e passo a tarde toda tentando escrever.. o máximo de meu fracasso neste dia foi palavras soltas...

Estou neste meu porto alegre onde tudo é tão seguro.
Onde as luzes naturais estão todas tão acesas a minha espera.
Mas é preciso sair do aconchego abafado para então alcançar ruelas acalmantes.
Lugares onde posso repousar meus sorriso encabulado embaixo deste raio de sol.
Posso gastar um pouco do meu tempo em mim e ninguém poderá incomodar-me...
Estou desligada do resto desta percepção de espaço.
Pode ser os fones de ouvido impedindo de ouvir as buzinas a ecoar dos carros.
Tudo ocorre em alguma tarde de outubro ensolarada.
Minha alvidez reflete quase totalmente a claridade.
Como se a luz estivesse negando suas carícias em meu corpo.
É um algo de pele a mais.
São os meus poros querendo entender os sentidos para derreterem com o calor!
Não são surpresas... é a minha rotina de todos os dias repetidamente redundante!
Ao menos sei que existe conforto vindo dos céus...
mesmo não acreditando que lá existe o paraíso!
Só o silêncio.